Post-it.

where the crazy matters

30/03/2009

A Avó, A Neta E O Lobo

Ontem...

- Hoje há teatro lá em baixo. Não queres ir ver?
- Quero! Como é que se chama? É sobre quê?
- Não sei sobre o que é, mas disseram-me que era giro. É amador, só professores reformados, chama-se A Avó, A Neta E O Lobo.
(Ahhhh! Professores em plenas férias?!)
- Com esse nome... não será infantil?
- Não sei... se calhar...
- Mas a gente vai.

Okay, era definitivamente um teatro infantil. Uma espécie de Capuchinho Vermelho com umas adaptações... vá lá, parvas.
Valeu a pena para ver quatro cotas (três mulheres e um homem), nos seus cinquentas e..., vestidos como se tivessem dez, nove, oito, ..., anos. Foi assim que começou: quatro putos com o síndrome de Werner (envelhecimento precoce) aos pulinhos em cima do palco, a brincar com peluches e carros telecomandados. E à porrada.
- Ai, ai, estão-me a bater. Parem! Já me estou a...
(a... vir? err...)
- A gente não te bate mais, Zezinho. Não se pode bater aos meninos.
Não se pode bater aos meninos? Esta é nova... Porquê? Eles até gostam... err... Bem e foi aqui que eu pensei que aquela peça até poderia ser algo produtiva e então comecei a apontar coisas no telemóvel...
- Antes ainda caçava qualquer coisa, agora só apanho com fruta. Onde é que já se viu um lobo vegetariano?
Pois meu amigo... à falta de melhor, come-se uma bananinha, err... ah! e quem é que te disse que eras um lobo? És só um cota com uma camisa foleira aos quadrados. Ah! e também estás choné, visto que andas de trotinete e pensas tratar-se de uma motorizada.
O pseudo-lobo vai-se embora na sua pseudo-motorizada e voltam os quatro amigos para brincar. Nesta parte aparece o Capuchinho Vermelho* e porra! Que cu tão grande que aquela 'criança' tinha. A sério, parecia um forno de lenha, daqueles em que dá para cozer uns cem pães de quilo.
E aqui entra a parte desnecessária com fantoches, a que os cinco amigos assistem, em que uma Avozinha conta a história da Princesa que não sabia se estava apaixonada pelo Capitão ou pelo Bobo da Corte, e que os dois queriam casar com ela**. O Diabo também queria casar com a Princesa, mas acabou por ser morto pelo Bobo com uma colher de pau, o que fez com que a Princesa casasse com ele.
Se a princesa fosse a minha Silly'zinha era fácil: tinha casado logo com o Capitão (porque ao menos tem farda) e ficava tudo resolvido, poupando a Satanás a humilhação de ser morto por um Bobo armado em Padeira de Aljubarrota Com Uma Ferramenta Mais Pequena.
- Que é que tens na cesta, Capuchinho?
(Eu perguntava-lhe o que é ela tinha no cu, mas enfim...)
- Bolinho e mel para a minha avozinha que está muito doentinha.
Clarinho, euzinha até'inho tenhinho ouvidinho dizerinho que'zinho bolinho e melzinho têm'zinho grandinhos poderezinhos curativinhos (que porra de mania de usar diminutivos em tudo).
- Mas que bom!
(- a minha avó está a morrer... - olha que bom!)
- Ah! Vem aí o Lobo Mau, vamos embora!
E as quatro alminhas apresentadas no início foram embora, menos os Capuchinho.
Conclusão: o Capuchinho Vermelho é estúpido. Ou então é surdo. Sim, porque com aquela agitação, aquele alarido todo. manteve-se estupidamente a apanhar flores, impávido e sereno.
Blá, blá, blá lá vai o Capuchinho pelo caminho mais longo, enganado pelo Lobo.
- Como a avó e como a neta. Mas que grande barrigada!
Isto repetido duas vezes pelo coro. Espera lá, 'bater aos meninos' não se pode, agora um cota com uma camisa foleira aos quadrados, com a mania que é lobo e que é mau dizer que vai comer a avó e a neta, já não faz mal, até é repetido pelo coro. Duas vezes e de forma alegre. Está bem...
Depois a história original é completamente deturpada: a avozinha (que era um homem...) topa logo o Lobo Mau antes de abrir a porta (aqui o Lobo já tinha cabeça de lobo, seria fetiche da velha?) e assim que ele entrou (em casa) ela (a avozinha travesti) deu-lhe uma martelada na cabeça e depois ofereceu-lhe um chá porque lhe ia fazer bem.
Tipo: ??. Ah! Desculpe lá senhor assassino, por me ter defendido e não o ter deixado matar-me. Dói-lhe muito a cabecinha, as costelas e o braço? Quer que lhe faça um franguinho de caril com um arrozinho, a ver se melhora?
- Deixa-me fazer-te uma massagem nas omoplatas e nas clavículas para ver se reajes.
A Avozinha afinal... é danadinha para a brincadeira, err... e o Capuchinho chegou e já estava tudo resolvido, foi chamar as outras quatro abéculas e dançaram todos.
Fim.

Vá, fui mazinha. Para teatro amador estava giro, matem-me já por ter achado uma certa piada àquilo tudo.

* O Capuchinho Vermelho é um título imbecil para uma história idiota. A partir do título, pensamos que se trata de uma história cujo protagonista é um pedaço de tecido. Ou então que é no mínimo um menino. Mas não. O Capuchinho Vermelho é uma rapariga. Ou então é um travesti. E a história é idiota porque faz do Lobo... mau. As criancinhas deviam ter conhecimento desde sempre da Lei da Natureza.

** Nunca percebi esta pancada pelas princesas. Elas são só uns seres pipis e fúteis que não fazem mais nada que suspirar pelos cantos pela chegada do Príncipe Encantado. As únicas princesas que se papam (não.) são a Pocahontas e a Fiona.


Parvinha

27/03/2009

Este É Mais Um Post Sem Título

Os pais querem sempre estar presentes na vida dos filhos. E controlar. E ver e apoiar. E controlar.
Então, porque é que a mãe do Patinho não está presente quando ele está a dar aquele concerto do 'chega esta hora, é hora de ir dormir, é hora de ir dormir, mas ainda há tempo para uma história ouviiir, mas ainda há tempo para uma história ouvir.' ? Hã? Porquê?
Se calhar estava a trabalhar...
Mesmo assim acho mal. Filho é filho.

Apetece-me cuspir na cara de certas pessoas.
Até à próxima intilidadade,

Parvinha
(pais, mães ou avós, à cama lhes vão dar, à cama lhes vão dar,
um beijo de Boa Noite e a luz apagaaaar, um beijo de Boa Noite
e a luz apagar)

25/03/2009

Coisas Que Me Irritam

Que mania de reclamar por tudo e por nada do que é insignificante em vez de reclamar do que realmente importa...
Isto porque há dias, segunda-feira às sete e pouco da manhã, para ser mais precisa, duas almas reclamaram durante intermináveis quarenta e cinco minutos pelo facto de terem que ir de pé, pois o autocarro estava cheio, iam mais pessoas de pé, mas só aquelas duas bestas não se calavam (e porra, iam tão, tão, tão ao pé de mim!). Tudo bem que tenham pago o bilhete e tivessem tanto direito quanto os outros de ir confortavelmente sentados mas, ALMINHAS IGNORANTES, o Sr. Motorista não tem culpa nenhuma! Não foi ele que nessa manhã decidiu: 'Ahh hoje vou levar o autocarro mais pequeno que é para lixar o pessoal, fazer uns quantos ir de pé e tal, só para me divertir um bocado', se calhar preferiam que tivesse ido o autocarro articulado e o mesmo tivesse avariado no caminho. Não sei se foi por isso, mas provavelmente esse autocarro estaria a arranjar qualquer coisa e então foi necessário recorrer à alternativa, sim porque este ano já ficamos apeados três vezes com o dito...
E depois não aconteceu nada. Reclamaram que se fartaram e daí nada aconteceu. De que serviu? Para me chatear.
Uma nota, SER IRRITANTE que estás à distância certa para eu esticar a perna e te espetar um belo de um pontapé nas nalgas, CALA-TE!, ou então diz alguma coisa que se aproveite e de uma forma não estridente, isto para ti, VELHA ESTÚPIDA! Tu, BÊBEDO NOJENTO, evita. Não queres ir de pé porque não te aguentas de pé, mas CALA-TE!, cala-te porque cheiras mal da boca. E evita ir ao pé de mim. Eu também me apeteceu mandar vir por ter tido que levar com o teu cheiro e por não calares essa BOCA PORCA, também me apeteceu dizer que cheiravas mal, que cheiravas horrivelmente a alcóol e a tabaco, CHEIRAS MAL! E não me toques - NUNCA!
Obrigada.

Depois também me irritam comentários. Comentários e pessoas que teimam em olhar e dizer mal.
Eu faço o que bem entender, onde bem entender, quando bem entender.
SE NÃO QUEREM VER, NÃO OLHEM!
A opção é eu espetar-vos com um ferro em brasa pelo cu acima.
Acho que os Metallica dizem isto muito bem em Holier Than Thou, assim aqui:

No more!
The crap rolls out of your mouth again
Haven't changed, your brain is still gelatin
Little whispers circle around your head
Why don't you worry about yourself instead?

Who are you? where ya been? where ya from?
Gossip burning on the tip of your tongue.

Before you judge me take a look at you,
Can't you find something better to do?
Point the finger, slow to understand
Arrogance and ignorance go hand in hand.

E tenho dito.
Até à próxima inutilidade,

Parvinha
(arghh)

24/03/2009

Post Número Sessenta E Um

Este é o 61º post deste Blog.
E sessenta e um foi o número que eu havia designado para a mensagem do dia de hoje. E porquê? Porque cheguei aqui para escrever e reparei que já tinha sessenta mensagens escritas e então achei por bem, pela lógica, que hoje escrevesse a mensagem sessenta e um.
Mas o que é que este dia tem de especial?
Hoje, 24 de Março de 2009, o tão querido, adorado e estimado Parvidades Parvas, meu menino, luz dos meus olhos, faz um aninho.
Pois é... Um ano de muita calamidade, de muito atrofio, muita palhaçada, muita depressão, muita vontade de cortar pulsos.

Obrigada por existires e por me proporcionares tão bons momentos, que espero que continuem por muitos e longos anos, espero poder continuar a entrar em ti, escrever em ti, publicar em ti, controlar-te.
Parabéns, meu amor!

Apagadas as velas...
Pergunta: Como provocar o pânico em pleno teste de MACS?
Resposta: Proferir em voz alta as seguintes palavras: 'O quê? Só faltam cinco minutos?'

Pergunta: O que fazer depois de um teste (nojento, completamente odioso.) de MACS?
Resposta: Chorar. Ou então rir. Muito. E sentar no chão com a Milene no meio do corredor e ser arrastado por terceiros.

Até à próxima inutilidade,

Parvinha
(orgulhosa)

08/03/2009

Se eu fosse uma bolinha de sabão...

... comia muito sabão e crescia muito, muito, até ficar gigante.
Depois abria-me ao meio e acercava-te.
E ficarias para sempre dentro de mim.

Pelo menos até eu rebentar... DE RAIVA PORQUE TU ME IRRITAS! não, não é nada. Seria mais porque eu me sacrificaria por ti, por achar que és bom demais para privar o resto do mundo de te ter ou mesmo por seres grande demais para uma bolinha gigante de sabão.

De qualquer maneira, fica dentro de mim. Pode não ser para sempre, mas pelo menos por enquanto. Amo-te.


Post 'bem piroso e lamechas, como o amor deve de ser - verdadeiro.' Ah! E parvo.

Sílvia.

07/03/2009

Conclusões

Conversa:

''Não sei quê, não sei que mais.''
- Estou a mijar, não te oiço.

Conclusão: Fazer xixi diminui a capacidade auditiva.


Até à próxima inutilidade,


Parvinha
(mesmo coiso)