Post-it.

where the crazy matters

29/10/2009

Não Digam Que Eu Não Ando A Estudar

Fernando Pessoa teve muitos homens dentro dele.

O que o fazia sentir estilhaçado, dividido, fracturado, fragmentado. Todo roto, vá.

Parvinha

21/10/2009

Dando Continuidade Ao Post Infra

A ''manobra de marketing de Saramago'' funcionou comigo.
Vou tão ler aquele livro.

Já agora, aqueles idiotas ignorantes que o andam a criticar, podem lê-lo também e depois aí sim, criticá-lo, com conhecimento de causa.
Ah e aquele palhaço que disse que ''Saramago devia renunciar a nacionalidade portuguesa''?
Eu subscrevo o escritor em relação a isso:

''Recuso-me a comentar tamanha estupidez, porque isso faria de mim tão estúpido quanto a pessoa que o disse.'' José Saramago.

Depois o único Nobel da Literatura que é português é que diz coisas despropositadas.
Está bem.

Parvinha

E Andam Para Aí A Críticar O Homem, Porquê? Hã?

'' O Deus da Bíblia não é de fiar. ''

'' Inventámos Deus e logo a seguir escravizámo-nos a ele. ''

'' E a Bíblia não é um livro que se possa deixar nas mãos de um adolescente. Aquilo só tem maus conselhos: assassínios, incestos... Aquilo é um... Um desastre. ''

José Saramago, és grande.

Parvinha

19/10/2009

Antiguidades

- Papá, estou apaixonada.
- Um plebeu, imagino.
- Não papá, porque pensais vós isso? Ele é de boas famílias.
- Sim? Quem são os pais desse sujeito?
- É filho dos Duques do Samoco, papá.
- Ahh, mas que maravilha! Esplêndido!
- Ai, e ele é tão lindo, papá, tem uns olhos penetrantemente castanhos e...
- Espero que os olhos sejam a única coisa penetrante nele.
- Que quereis dizer com isso, papá?
- Ele não ousou desonrar-vos, espero.
- Papá! Quem pensais vós que sou? Eu sou uma donzela honrada! Quando não tiver mais nada, manterei a minha honra!
- Eu sei disso, por isso nutro tanto orgulho por vós. Mas dizei-me, haveis beijado esse homem?
- Talvez um bocadinho... Mas apenas na face, papá.
- Os teus lábios hão tocado um homem!
- Calma papá, foi uma vez. Só uma vez. E, e... foi por uma boa razão. Ele salvou-me.
- Salvou-vos?
- Sim, eu estava a dar um daqueles meus passeios matinais pelo prado quando um meliante tentou roubar-me aquele guarda-chuva haute-couture, que o papá me ofereceu, e foi aí que ele apareceu, montado num burro cinzento...
- Num burro cinzento?
- Sim, ele acha que os cavalos brancos são sobrevalorizados. Mas como eu estava a contar, ele apareceu e atiçou o burrito contra o meliante, recuperou o meu guarda-chuva e eu beijei-o da face como mero agradecimento.
- É um gesto louvável, mas mesmo assim... Havei-lo beijado no primeiro encontro? Que ultraje! Não esperava tal coisa vinda de uma donzela.
- Mas papá!
- Chega. Vão ter que casar.
- Falais a sério?
- Falai com ele, mandai-lhe uma mensagem, que vocês são jovens, devem ser ambos Moche, e convidai-o e aos pais para um jantar cá em casa. Informai-o que irá pedir a vossa mão. Esta noite.
- Não será um pouco em cima da hora?
- Não haveis achado apressado quando o beijastes na face. No primeiro encontro! Fazei o que pedi. Eu vou falar com a corja dos criados, para prepararem algo especial.
- Com certeza, papá. Vou só vestir o meu corpete e encher-me de pó de arroz.

E agora, já podemos mudar de século?

Parvinha

Tenho Uma Coisa Contra As Barritas Da Kinder

São demasiado pequeninas.

Parvinha