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where the crazy matters

09/07/2009

Teoria Da Conspiração I - A Verdade Por Detrás De Frei Luís De Sousa

O seguinte texto foi escrito sob o efeito de bem-u-ron’s, sugus de morango e pastilhas elásticas de amora sendo por isso desaconselhada a leitura do mesmo por parte de pessoas de bem, com sensibilidade sensível e/ou no seu perfeito juízo, pois a sua linguagem e conteúdo rudes, perversos, quiçá obscenos, poderão ferir susceptibilidades e aqui no estabelecimento não queremos ferir nada a ninguém. O estabelecimento não dispõe também de um livro de reclamações, pelo que se tiver alguma queixa, algo de mal a apontar, guarde para si. Há coisas que não se devem partilhar, tipo pensos higiénicos. Também não possui ligações com o Serviço de Urgência pelo que, se sofrer um derrame cerebral ao ler isto vai ter que ligar sozinho para o 112, se souber o número.

O texto que se segue é então da exclusiva responsabilidade de Mad Cows Company®, com todos os direitos reservados e alguma diarreia mental. Os diálogos e outras frases apresentadas em itálico são retirados e reproduzidos fielmente do original, com as devidas supressões; subentenda-se assim as aspas que estão ausentes, visto terem ido apanhar sol para a Caparica enquanto comem uns belos torresmos de galinha.

Atenção: Este artigo contém revelações sobre o enredo de um livro. Se quiser desistir de ler e ir embora rapidinho (que é o mais aconselhável para a sua saúde mental) clic aqui.

Todos, pelo menos quem fez o décimo primeiro ano, deu esta obra e não estava a dormir durante as aulas de Português, sabem a história do Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett, a história de D. João de Portugal que se pensa ter morrido na Batalha de Alcácer Quibir, juntamente com D. Sebastião e que volta passados uns quantos anos quando a sua mulher, D. Madalena, que o julgava morto, já tinha voltado a casar, com Manuel de Sousa Coutinho, o seu verdadeiro amor, e com ele tinha tido uma filha, Maria, e viviam, apesar dos temores de Madalena, felizes e contentes com os seus criados e o fiel amigo Telmo, aquele que sempre duvidara da morte do seu amo. Enfim, D. João volta e a família sofre uma grande afronta, sente-se desonrada, apesar de mais ninguém saber, o casalinho maravilha separa-se e dedica-se à vida religiosa, a Maria morre de over… err… tuberculose, fim.

Pois desengane-se quem acha que é só isto, quem pensa que está obra é um retrato da sociedade do século XVI, uma crítica anti-sebastianista, uma história de amor impossível – esta obra dá-nos a conhecer, ainda que subtilmente, uma outra história de amor, um crime se se passasse nos dias de hoje, um exemplo de promiscuidade pura. Falo de Telmo e Maria.

Estas duas personagens relacionam-se intimamente e não é um ‘intimamente’ qualquer, é daquele mesmo a sério. E é do conhecimento da família, que eles não fazem segredo, recorrendo a demonstrações de carinho sem pudor. D. Madalena ainda tentou fazer alguma coisa para acabar com estas poucas vergonhas, mas sem sucesso…

(Madalena, referindo-se a Maria) – És muito amigo dela, Telmo?

- Se sou! Um anjo como aquele… (esta afirmação está carregada de segundas intenções!)

- … tu tomaste um ascendente no espírito de Maria… tal que não ouve, não crê, não sabe senão o que lhe dizes. Quase que és tu sua dona (…). Parece-me… eu sei… não fales com ela desse modo, nessas coisas.

Aqui claramente D. Madalena tentando chamar Telmo à razão, fazendo-o ver que Maria é muito nova para ele. Como assim não o consegue convencer, tenta outro tipo de argumentos:

- … bem vês que não é (…) muito… muito forte.

Mas Telmo não se deixa envergonhar e responde-lhe, seguro de si, orgulhoso:

- É delgadinha, é. Há-de enrijar.

E nem deixou Madalena continuar, tratando de imediato de explicar o porquê de tanto amor àquela criança…

- E daí que começou a crescer. A olhar para mim com aqueles olhos… a fazer-me tais meiguices…

Aqui chega Maria que, enciumada, diz:

- Bonito! Eu há mais de meia hora no eirado passeando (…) e já aborrecida de esperar… e o senhor Telmo aqui posto a conversar com a minha mãe, sem se importar de mim! – Que é do romance que me prometestes?

A partir da análise desta frase é impossível não retirar a elação de que Maria é possessiva, quer a atenção de Telmo toda para ela, tendo até ciúmes da própria mãe, acusando o pobre coitado de não lhe dar romance suficiente.

Ora, tudo isto é demais para uma pré-adolescente, pelo que Maria não aguentou a pressão e acabou por se meter na droga, refugiando-se em substâncias opiáceas, senão vejamos:

(Madalena) - … conta-me do teu jardim, das tuas flores (…). O que são estas?

(Maria) - … Estas são papoilas que fazem dormir…

Se dúvidas restam ainda acerca da real existência de tal relação, atentem na seguinte didascálica:

(Maria) - … tirando aqui o meu bom Telmo (chega-se toda para ele, acarinhando-o)… Ainda restam?

Mas Maria era também assediada pelo seu tio Jorge:

- … faça muitas festas ao tio frade (…) que tu és boa como as que são boas, minha Maria…

Quando D. João chegou, Telmo, que é bissexual, ficou num dilema por não saber qual amava mais, se D. João, se D. Maria, mas o amor por Maria acabou por se revelar mais forte.

E a história de D. João ter dito que não queria que dissessem que ele estava vivo, por amor, por não querer desonrar a sua mulher, a ‘sua viúva’, é treta. Ele não queria era ser chamado de cornudo. Antes morto que cornudo. Aí é que está.

É assim revelada a verdadeira história do livro Frei Luís de Sousa. Só não vê quem não quer. Ou… quem está na posse de todas as suas faculdades mentais.

Não percam nos próximos dias, O Significado Oculto d'Os Maias. Ou então percam, podem cá vir só daqui a um ano, porque nós não fazemos intenções de apagar isto. A menos que me nos obriguem. Não devem fazer isso... só faziam se tivéssemos falado do Sócrates.

Hum? Quem é que falou no Sócrates?

Mad Cows Company®



8 comentários:

João disse...

Por acaso, quando andei a dar isso, ainda mandei umas bocas que o Telmo andava a comer a miúda, mas depois eu é que sou sempre o gajo que anda a inventar...
Havia de imprimir isto e lhes esfregar isto nas fuças.

Bem, n'Os Maias acho que não há nenhum caso amoroso escondido, até estão explicitos, mas quero ver o que vai saír daí.

F*B disse...

Já reparaste que só o João é que teve paciência para ler aquilo?
Muahahahah...

João... das duas uma... ou és uma 'pessoa normal' e o que entendes por explícito é só o relacionamento da Maria e Carlos e isso tudo...
ou o que entendes por explícito é o mesmo que nós e aí... WOW... outra pessoa que devia tar internada no Miguel Bombarda.=P


Mad Cows rulammmmm !!!

João disse...

Mas o Carlos andava com a Maria?

Normal já imaginava que não era, sendo assim tenho a confirmação.

Sílvia. disse...

O Carlos andava com a Maria EDUARDA, a sua irmã . E não só ... err... Lê o post acima.

João disse...

(eu sei, tava a fazer notar que não percebo o que as pessoas normaisn percebem, mas não percebeste xD)

Sílvia. disse...

Eu não sou normal ...
Um teste diz q eu sou apenas 40% Normal.
Sad But Truee (ler à James Hetfield, para surtir o efeito desejado, obrigada.)

Silly disse...

ahah
[eu tambem li]


Para que conste, nao foi necessário ligar para o serviço de urgência, 112 mais propriamente.


Gostei! (^^)

Silly disse...

ah, e estou muitissimo agradecida pela receita.

Um dia tomarei a liberdade de a exprimentar a fazer, e convida.la.ei para provar o resultado final!

Saudaçoes! *